A caixa de ferramentas era uma novidade, mas para aquela ocasião justificava-se. Afinal de contas, eu ia levar coisas importantes para a escola. Os fios eléctricos, as lâmpadas, os motores e as pilhas não podiam ir aos tombos na mochila.
Lembro-me da sensação estranha de ter aquela caixa pesada junto aos pés; lembro-me do sentimento de orgulho do meu colega de carteira, o Hugo, quando afastei os cadernos e comecei a montar junto a ele um circuito eléctrico.
Já o fizera inúmeras vezes, o mais simples dos mais simples: ligar uma pilha a uma pequena lâmpada. Quando uni os terminais, encostando com o indicador o fio descarnado ao polo daquela 9V, ouviu-se o barulho de dezenas de cadeiras a arrastar. Em meu redor, toda uma turma estava de pé, espantada com a lâmpada que subitamente se acendeu.
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