Hoje fui à natação. Ao afundar-me na água amena, o corpo respirou de alívio. Deixei-me ali pairar, indefinidamente, protelando os crawls, os bruços e as costas. Por breves momentos, nada nadei.
Os dias estão tórridos, mas pela casa também há pouco refúgio. Os esquemas de ventoinhas e correntes de ar só nos ajudam até certo ponto. As galinhas passeiam-se de bico aberto. O computador parece que vai levantar voo, tal é a ânsia de se refrescar. Ontem quis escrever um texto e nem conseguia concentrar-me: as palavras borbulhavam no caldo do cérebro, como numa sopa de letras.
Só me vinham à cabeça as águas da praia da Póvoa, e no quanto me apetecia dar um mergulho e sentir aquela chapada de vida. Por falar nisso: este sábado esteve bom tempo por lá.
Continue a ler “Sopa de letras”




