Participei num concurso

E agora uma coisa completamente diferente: participei num concurso de edição de vídeo, e a minha candidatura foi aprovada a concurso.

Ocasionalmente, alguns sites que disponibilizam imagens de arquivo para editores de vídeo (a chamada stock footage) promovem concursos de edição, em que os concorrentes usam as imagens para criar, por exemplo, anúncios para filmes inexistentes. É uma forma de chamarem a atenção para a qualidade do seu serviço e dos seus parceiros, como por exemplo serviços de música para vídeo e efeitos visuais.

Este é um desses casos, promovido pela Filmsupply – o Editfest 2025. Há três categorias: Introdução de um filme/série, Publicidade, e Trailer de filme, aquela em que eu participei. Cada categoria tem um prémio decidido por um júri de profissionais da área.

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Luz credo!

Ontem estava no escritório a escrever o meu texto para este blog quando ouvi o apito das nossas UPS (para quem não conhece, umas baterias grandes para proteger o equipamento informático de picos ou quedas de corrente). Fui até ao quadro perceber se este tinha disparado, mas vi os disjuntores todos em cima, e o ecrã de cristais líquidos desligado — o corte era geral. Ainda assim, não lhe dei muita importância. Às vezes a luz ia abaixo, era uma questão de minutos até voltar a funcionar. Voltei ao computador e continuei a trabalhar, depois de desligar a baía de discos rígidos, que ligara para escolher uma boa imagem para o meu texto. Já ia com ele bem adiantado quando a Mari veio ter comigo e me disse que Portugal, Espanha e mais países estavam sem luz.

Depois de carregar um pouco o meu telemóvel na minha UPS, desligámos as duas e aos computadores para poupar bateria. Pusemos os telemóveis em modo de poupança, com o Wi-Fi e Bluetooth desligados. Ainda tinha dados da Internet, que usei para ler na app do Público que também havia problemas em países como a França, Bélgica, Países Baixos e Reino Unido, e que as falhas estavam a afectar as comunicações. Ora, já todos sabemos que a luz foi restabelecida ao fim do dia de ontem (dia 28 de abril de 25), mas o exercício de 10 horas sem luz foi um bom abre-olhos para nos precavermos para situações futuras.

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Domingo de Páscoa

A primeira cafeteira borbulhou logo pela manhã. Duas fatias de pão afundaram na torradeira, dourando no tempo que levou ao comedouro do cão para se encher e esvaziar. Uma chama aqueceu o ar entre as pedras da cozinha antiga. Abriram-se as portas do armário da sala, banhando de luz as louças de festa. Um a um, os pratos do serviço alinharam-se na mesa, quais casas delimitadas por cercas de talheres. Quando o forno ligou a luz, choveu sal sobre a travessa das batatas. Pela casa viajaram porções de vinho em veículos de vidro.

A segunda cafeteira borbulhou uma hora depois da primeira. Quando um sino perambulante se ouviu pela vizinhança, formou-se um montículo de pétalas de rosa em frente ao portão. O sino foi tocando mais e mais perto, até que cruzou aquele mesmo portão, ladeado de uma cruz e água benta. O piano e o saxofone harmonizaram a mesma música várias vezes consecutivas. Não relacionado, um buzinar de fora chamou a atenção para a chegada de um carro. Abriu-se o portão, e a trela do cão tornou-se uma linha recta, apontando à suas portas. Pelas escadas, subiram caixas de cartão com bolos e comidas; bolsas e casacos taparam bancos e cadeiras. A trela enrijeceu novamente, apontando para novos carros, e depois voltou a deitar-se no chão, pacífica como um cordeiro.

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A ida à Expo’98

Há algumas exposições mundiais que me vão surgindo através das leituras e filmes, de momentos históricos ou de fascínio por parte dos autores.

O livro Empires of Light, sobre a batalha entre a corrente alternada e directa (que agora pode ser vista num filme muito bom, chamado “A Batalha das Correntes”) culmina num evento épico: a feira mundial de Chicago, que teve lugar em 1893 e celebrou o 400º aniversário da chegada de Colombo às Américas. Entre inúmeras exposições de diferentes países a celebrar os avanços da tecnologia, figurava a roda-gigante original (a Ferris Wheel) e a revolucionária tecnologia da luz eléctrica em larga escala. 100 mil lâmpadas incandescentes iluminavam os seus edifícios e acessos, numa prova da capacidade da corrente alternada e do progresso da técnica.

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