Sopa de letras

Hoje fui à natação. Ao afundar-me na água amena, o corpo respirou de alívio. Deixei-me ali pairar, indefinidamente, protelando os crawls, os bruços e as costas. Por breves momentos, nada nadei.

Os dias estão tórridos, mas pela casa também há pouco refúgio. Os esquemas de ventoinhas e correntes de ar só nos ajudam até certo ponto. As galinhas passeiam-se de bico aberto. O computador parece que vai levantar voo, tal é a ânsia de se refrescar. Ontem quis escrever um texto e nem conseguia concentrar-me: as palavras borbulhavam no caldo do cérebro, como numa sopa de letras.

Só me vinham à cabeça as águas da praia da Póvoa, e no quanto me apetecia dar um mergulho e sentir aquela chapada de vida. Por falar nisso: este sábado esteve bom tempo por lá.

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Meu velho, aguenta

Revisitei algumas cassetes de Video 8 (Hi8) da coleção do meu pai. Este conjunto específico de cassetes, filmadas por uma guerreira Sony Handycam CCD-F335E de 1990, consiste em:

  • 17 cassetes assinadas pelo meu pai que vão desde 1990 até 2002;
  • 4 com o meu nome, de 2001 até 2006;
  • 1 cassete pela minha mãe;
  • 4 cassetes pelo meu tio João, entre 1990 e 1993.

Estas dezenas de horas em banda magnética, que compreendem quase 20 anos de nascimentos, infâncias, casamentos e de tantos outros momentos importantes do nosso núcleo familiar, são evidentemente de um valor inestimável. De quando em quando, volto a mergulhar nestes vídeos e a redescobrir coisas antigas à luz do presente.

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